Entrevista para TV+MAIS

Pedro e João - humoristas do "1,2,3"   " A nossa vida é uma PALHAÇADA"

Pedro Alves e João Paulo Rodrigues fazem a dupla maravilha do novo "1,2,3" de Teresa Guilherme.

Fazer rir é o prazer supremo destes jovens do Norte.

 

Pedro Alves, de 29 anos, natural do Porto, trabalhava na rádio quando conheceu João numa noite de anedotas num bar. João Paulo Rodrigues, de 26 anos, nasceu em Lisboa, cresceu em Braga e mais tarde foi estudar Direito para o Porto.

O destino juntou-os e o talento de ambos resultou. São um caso sério do novo humor português.

 

TV+: Como é que se conheceram?

Pedro Alves: Conhecemo-nos há seis anos num bar. Na altura era DJ num bar e trabalhava na Rádio Nova Era, onde estamos actualmente os dois.

 

TV+: Que programa fazia nessa altura?

P.A.: Era animador de rádio e fazia o " Terminal do Engate", que já tinha uma certa dose de humor. Acabámos por nos conhecer num local onde estavam a contar anedotas e nós também fizemos umas graças.

 

TV+: Tipo stand up comedy, que agora está tão na moda?

João Paulo Rodrigues: Também fizemos, mas gostamos mais do teatro cómico.

 

TV+: Como é que esse conhecimento no bar criou raízes?

P.A.: Levei-o à rádio e correu tão bemq ue ele começou a participar semanalmente no programa e a partir daí tudo se desencadeou. Pouco tempo depois estávamos a fazer teatro cómico nos bares.

 

TV+: Sempre no Norte?

P.A.: Sim. Nos últimos seis anos a nossa vida tem sido a rádio de manhã e os bares à noite.

 

TV+: Hoje já vieram do Porto para Lisboa para o "1,2,3".

P.A.: Já. Mas não nos queixamos. Quem corre por gosto não cansa. Amanhã às sete da manhã lá estaremos de novo na rádio.

 

TV+: Como é que a Teresa Guilherme aparece na vossa vida?

J.P.R.: O Fernando Rocha falou-lhe em nós e convidaram-nos para participar num programa de anedotas alentejanas que ela estava a produzir, em Serpa, para a TVI. Fomos lá como concorrentes e ganhámos. Posteriormente, fez outro programa em Braga, o primeiro stand up comedy ao ar livre, e também participámos. O terceiro foi em Barcelos e aí já fizemos co-apresentação com a Carla Andrino.

 

TV+: Daí a tê-los convidado para o "1,2,3"?

P.A.: Um convite que aceitámos com muita alegria porque o "1,2,3" é um programa muito divertido.

 

TV+: O João interrompeu o seu curso de Direito?

J.P.R.: Estou a estudar mas faço os exames mais devagar. Continuo a estar ligado à Tuna, à faculdade e aos meus amigos, mas trabalho é trabalho e tem de ser assim.

P.A.: Eu também interrompi o curso de Engenharia Mecânica há três anos.

 

TV+: Percebe-se que estão a gostar muito do que estão a fazer!

J.P.R.: Estou a adorar. Trabalhar com a Teresa Guilherme é fantástico!

 

TV+: A televisão dá mais visibilidade ao vosso trabalho. Tinham esse sonho?

P.A.: É a evolução natural das coisas. A nossa maior preocupação nos primeiros espectáculos era ter gente, porque há seis anos fazer teatro cómico num bar não era nada fácil. Aos poucos, fomos habituando as pessoas e, seis anos depois de contacto diário com o público, chegámos aqui.

 

TV+: As pessoas do Norte estão certamente muito orgulhosas de os ver na televisão.

P.A.: Somos muito acarinhados.

 

TV+: No "1,2,3" são dois nortenhos de Curral de Moinas que assistem todas as semanas ao programa. Desta vez, estão de pijama porquê?

J.P.R.: Como chegamos sempre atraados, desta vez decidimos ficar em Lisboa de uma semana para a outra. Só que hoje o relógio não despertou e, quando acordámos, já estava toda a gente no programa.

 

TV+: Os vossos textos são escritos por Henrique Dias, o marido de Teresa Guilherme?

J.P.R.: São, embora ele nos dê margem da nossa improvisação.

P.A.: O que interessa é deixarmos as deixas direitinhas para a Teresa perceber quando tem de falar. Antes temos liberdade para inventarmosos termos que quisermos.

 

TV+: O vosso sonho depois disto é que se abram outras portas?

J.P.R.: Esperamos que sim.

 

TV+: Teatro é uma ideia?

P.A.: Estamos a escrever uma peça.

 

TV+: Vocês os dois?

P.A.: Nós e mais quatro. A ideia surgiu depois de o director do Teatro Sá da Bandeira se mostrar disponível para nos ceder a sala uma vez por semana. Será um cozinhado de stetche de humor com muito improviso e muita interactividade com o público.

 

TV+: É preciso ter uma grande lata para improvisar. Vocês têm?

J.P.R.: Um latão. Está mesmo quase a chegar ao contentor. A nossa vida é uma palhaçada!

 

 

Autor: REVISTA TV+

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